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A geografia do ódio nos EUA


FonteRichard Florida – The Atlantic

Também publicado em Bule Voador.

Em 2008, pressão sobre o governo dos EUA. “O plano de Obama: escravidão branca”. Foto: reprodução.

O artigo abaixo, de 11 de maio, é de um editor do jornal The Atlantic que também é Diretor doMartin Prosperity Institute na Universidade de Toronto. Ele analisa algumas variáveis (como coloração partidária, no caso Republicanos v. Democratas, religião e nível de formação) para fazer uma radiografia de como os grupos de ódio estão espalhados pelos Estados Unidos. Já em 2007 alguns ativistas de institutos que monitoram as questões de ódio nos EUA (como o Southern Poverty Law Center) falaram sobre o expressivo aumento destes grupos no país. No editorial que escreveram no New York Times, enfatizaram também o aumento dos crimes de ódio – fato que contrasta com a afirmação do texto de Richard Florida, que apontaria, com base num estudo, que os crimes de ódio estariam diminuindo ligeiramente. Talvez a divergência deva-se a questões temporais e mesmo metodológicas da pesquisa, já que esta que é apresentada ao final do artigo é de 2010.

Todo modo, este tema é delicado porque coloca em cena as ideias de correlação e de causação – esta, por exemplo, não evidenciada segundo o estudo que aparece no artigo. É importante analisar como certas variáveis parecem indicar um padrão na formação e localização de grupos de ódio – no caso do Brasil, por exemplo, um delegado aponta a prevalência de grupos neonazistas em São Paulo e Rio Grande do Sul. Entretanto, é preciso cuidado na manipulação desses dados, ainda mais diante da parca evidência empírica de que certas variáveis seriam a causa de certo cenário. No estudo que aparece nesse artigo, por exemplo, a conexão mais forte com os crimes de ódio parece ser o cenário econômico. Leia o resto deste post